Por: Diego A. Gonzaga | Publicado em 10 de fevereiro de 2021 | Atualizado em 2 de janeiro de 2022

Como fazer um fichamento?

O que é, quais os tipo, e como se faz um fichamento

Para tornar a pesquisa bibliográfica mais prática devemos utilizar as ferramentas disponíveis, e uma dessas ferramentas é o fichamento. Neste post eu vou lhe apresentar, de uma forma prática e com exemplos, os tipos de fichamento e como fazer o seu fichamento. Sabendo o que é e como se faz um fichamento sua pesquisa bibliografia vai ser muito mais ágil e você poderá produzir um resultado de maior qualidade. Aproveite!

A pesquisa bibliográfica é uma etapa muito importante do trabalho acadêmico em geral. Para torná-la mais prática devemos utilizar as ferramentas disponíveis, e uma dessas ferramentas é o fichamento.

Saber como fazer um fichamento vai lhe auxiliar a realizar suas pesquisas com facilidade e muito mais qualidade. Neste post eu vou lhe apresentar os conceitos necessários, explicar cada tipo de fichamento, como ele deve ser utilizado e apresentar alguns exemplos e modelos de fichamento. Sabendo o que é e como se faz um fichamento sua pesquisa bibliografia vai ser muito mais ágil e você poderá produzir um resultado de grande qualidade.

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O que é o fichamento de um texto?

Fichamento é uma técnica de documentação de informações no formato de fichas, que consiste no registro literal ou interpretativo das informações relevantes de uma obra, ou de parte dela. Em resumo, é a utilização do sistema de fichas para documentação de leituras.

O fichamento é uma forma de investigar que se caracteriza pelo ato de registrar em fichas todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema.

Porque fazer e para que serve o fichamento?

O fichamento é muito importante no processo de compilação, assimilação e produção do conhecimento. Tem por objetivo identificar as obras consultadas, registrar o seu conteúdo, as reflexões proporcionadas pela leitura e organizar as informações colhidas.

O fichamento faz parte da busca e organização de documentos e informações para a efetivação de uma pesquisa. É imprescindível dada a necessidade de manipular um volume muito grande de material bibliográfico. Esta técnica facilita o manejo das fontes e informações coletas pelo pesquisador, tendo ao seu alcance as informações selecionadas e organizadas.

Categorias de Fichamento

O processo de organização das fichas requer estabelecer tipos baseados nas características predominantes das informações que essas contém. Assim, a categoria da ficha é determinada de acordo com o conteúdo que compõe o seu texto.

As fichas podem ser divididas nas seguintes categorias:

  • Resumo;
  • Bibliográfico;
  • Citação;
  • Esboço;
  • Comentário ou Analítica; e
  • Misto.

Resumo

É uma síntese, ou um resumo, das principais ideias e dos aspectos essenciais contidos na obra. O pesquisador elabora uma exposição bem clara e concisa das ideias principais do autor com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra.

Esta ficha é uma exposição abreviada das ideias do autor, e é elaborada pelo leitor com suas próprias palavras, sendo mais uma interpretação que uma cópia do conteúdo original.

Na ficha de resumo se apresenta mais informações do que na ficha bibliográfica, por exemplo, porém não deve ser longa demais. Além disso, não precisa obedecer estritamente à estrutura da obra, caso seja conveniente para o pesquisador.

FONTE: [4] (p. 136)

Bibliográfica

É a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela. Pode referir-se a alguns aspectos específicos:

  • o campo do saber que é abordado;
  • os problemas significativos tratados;
  • as conclusões alcançadas;
  • as contribuições especiais em relação ao assunto do trabalho;
  • as fontes de dados, que podem ser: documentos, literatura existente, estatísticas, observação, entrevistas, questionários, formulários, etc.;
  • os métodos de abordagem e de procedimentos utilizados pelo autor:
  • a modalidade empregada pelo autor: Geral, Específica, Intensiva, Extensiva (exaustiva), Técnica, Não Técnica, Descritiva, Analítica etc.;
  • a utilização de recursos ilustrativos, tais como: tabelas, quadros, gráficos, mapas, desenho etc.

É recomendado que se procure ser sucinto, utilizando estrimante o necessário para a descrição do conteúdo. Neste tipo de fichamento algumas frases são suficientes para a descrição do conteúdo, sendo desnecessário utilizar expressões como “este livro”, “este artigo”, “o autor”, etc.

É interessante, também, utilizar verbos ativos, para caracterizar a forma com que o autor escreve. Assim,  as ideias principais do texto devem ser precedidas por verbos como: analisa, compara, contém, critica, define, descreve, examina, apresenta, registra, revisa, sugere e outros.

FONTE: [4] (p. 137)

Citação

É a reprodução fiel das frases ou sentenças consideradas relevantes ao estudo que pretendemos utilizar como citação na redação do trabalho.

Devem-se observar os seguintes cuidados:

a)Toda citação dever ser apresentada entre aspas. É através desse sinal que o leitor pode distinguir uma ficha de citações dos demais tipos. Isso é muito importante, pois, a colocação das aspas evita que se confunda uma transcrição direta da obra como algo escrito pelo fichador, evitando possíveis problemas de plágio;

b) correta indicação bibliográfica com o número da página de onde foi extraída a informação. Isso permite que se utilize posteriormente o trabalho com a citação correta;

c) a transcrição precisa ser textual. Isso inclui, caso existam, os erros de grafia. Após estes erros, coloca-se o termo sic, em letras minúsculas e entre parênteses ou colchetes.

Exemplo (hipotético):
“Se você quer ser um profissional bem sucedido (sic), tenha senso crítico. Seja capaz de analisar as situações em que você é chamado para tomar decisões.”

d) a supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou final do texto e entre parênteses, no meio.

f) a frase deve ser complementada, se necessário: quando se extrai uma parte ou parágrafo de um texto, este pode perder o seu significado, sendo necessário o complemento para seu devido esclarecimento, o qual deve ser intercalado, entre colchetes.

Exemplo:
“Se você quer ser [um profissional] bem sucedido, tenha senso crítico. Seja capaz de analisar as situações em que você é chamado para tomar decisões. Evite tomar as “decisões que todos tomam” sem avaliar se elas estão corretas. Pense de forma crítica, PENSE COMO UM CIENTISTA!” (p1);

g) quando um pensamento transcrito pertence a outro autor (ou seja, quando o autor da obra cita um terceiro), ele deve ser assinalado. Muitas vezes, o autor fichado, cita frases ou parágrafos escritos por outra pessoa. Nesse caso, é imprescindível indicar, entre parênteses, a referência bibliográfica da obra da qual foi extraída a citação.

Exemplo:
“E como disse Clarice Lispector, “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”. Então, caro leitor, se você deseja realizar grandes projetos, fazer a diferença no meio em que você trabalha e, por consequência, ser um profissional bem sucedido, TRABALHE EM GRUPO COMO UM CIENTISTA!” (LISPECTOR, Clarice. Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe.)

FONTE: [4] (p. 138)

Esboço

O fichamento por esboço tem certa semelhança com a ficha de resumo ou de conteúdo, pois se refere à apresentação das principais ideias expressas pelo autor, ao longo da sua obra ou de parte dela. Entretanto, no fichamento por esboço, isso é feito de forma mais detalhada.

Os aspectos principais do fichamento por esboço são:

  1. É o tipo de ficha mais extenso: Apesar disso, esse tipo de ficha também exige a capacidade de síntese por parte do fichador. O conteúdo de uma obra, parte dela ou de um artigo mais extenso é expresso em uma, ou algumas fichas;
  2. É a mais detalhada: Essa característica se deve ao fato de a síntese das ideias ser realizada quase que de página a página; e
  3. Exige a indicação das páginas: É necessário, em espaço apropriado, à esquerda da ficha, indicar a página referente ao conteúdo fichado à medida que se vai sintetizando o material. Pode ocorrer que uma ideia do autor venha expressa em mais de uma página. Nesse caso, a indicação da página será dupla.

FONTE: [3] (p. 63)

FONTE: [3] (p. 64)

Comentário ou Analítica

Consiste na explicitação ou interpretação crítica pessoal das ideias expressas pelo autor, ao longo de seu trabalho ou parte dele. Pode apresentar:
a) comentário sobre a forma pela qual o autor desenvolve seu trabalho, no que se refere aos aspectos metodológicos;
b) análise crítica do conteúdo, tomando como referencial a própria obra;
c) interpretação de um texto obscuro para tomá-lo mais claro;
d) comparação da obra com outros trabalhos sobre o mesmo tema;
e) explicitação da importância da obra para o estudo em pauta.

FONTE: [3] (p. 65)

Misto

O tipo de fichamento misto é aquele em que o fichador utiliza mais de uma forma de registrar as informações de suas fontes. Deve-se sempre ter o cuidado de deixar claro quais conteúdos são interpretações, resumos ou cópias da obra original. Isso evita retrabalhos e possíveis problemas de plágio.

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Como se faz um fichamento?

O fichamento é feito com o preenchimento das fichas de acordo com o tipo de informação que você deseja registrar. Dessa forma a primeira etapa é a leitura da obra (ou parte dela) que lhe interessa. Seleciona-se o conteúdo que será registrado na ficha e preenche-se o formato da maneira adequada.

Formato

As fichas devem conter três elementos:

a) Cabeçalho: no alto da ficha ou da folha, à direita, um título que indique o assunto ao qual a ficha se refere;
b) Referência: o segundo elemento da ficha será a referência completa da obra ou do texto ao qual a ficha se refira, elaborada de acordo com as normas da ABNT;
c) Corpo da ficha: variará conforme a categoria de fichamento.

Organização

A organização da ficha deve ser feita de tal modo que permita identificar posteriormente a página da obra onde se localiza esse ou aquele conceito, uma ideia ou um argumento, bem como distinguir as expressões ou palavras do autor da obra.

A organização consiste em colocá-las umas após as outras, de forma tal que os assuntos referidos estejam o mais próximos possível. Isso é feito da seguinte forma: juntamos as fichas de acordo com os capítulos considerados no plano de trabalho.

A seguir, agrupamos as fichas de acordo com as seções, subseções e, assim, sucessivamente. Dessa forma, as fichas estarão dispostas segundo a ordem estabelecida no plano, o que irá facilitar a redação do trabalho.

Referência bibliográfica

A referência bibliográfica deve sempre seguir as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Para proceder-se corretamente é importante consultar a Ficha Catalográfica da obra, que traz todos os elementos necessários e, na ausência dela, a folha de rosto e outras partes do livro, até obter as informações completas.

Quando se trata de revistas e outros periódicos, muitas vezes os elementos importantes da referência bibliográfica localizam-se na lombada ou, em caso de uma mídia digital, deve-se registrar dados como: título do periódico, subtítulo (se houver), local de publicação, editora, número de volume, data (dia, mês e ano da publicação), periodicidade e DOI.

Exemplo Prático

Para esclarecer como se faz a ficha, vamos a um exemplo prático.

Suponhamos que você quer fazer uma ficha do conteúdo deste artigo e o conteúdo que lhe interessou é a seguinte passagem:

“É a reprodução fiel das frases ou sentenças consideradas relevantes ao estudo, e que pretendemos usar como citação na redação do trabalho.”

Se você se lembra, esta passagem está no tópico 3 (Tipos de fichamento), no sub tópico 3 (Citação). Neste mesmo artigo já está disponível a referência para que ele seja citado corretamente.

Juntando todas essas informações, a ficha seria a seguinte:

Indicações

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  1. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Editora FGV, 2015.
  2. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Ediitora Atlas SA, 2008.
  3. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed.-São Paulo: Atlas, 2003.
  4. PRODANOV, Cleber Cristiano; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale, 2013.

GONZAGA, D. A.. Como fazer um fichamento? O que é, quais os tipo, e como se faz um fichamento. gonablog | gonabee Escola Digital, 2021. Disponível em <https://gonabee.com.br/index.php/conteudo/como-fazer-fichamento/> Acessado em: DIA de MÊS de ANO.

O assunto é bastante extenso e não é possível ensinar tudo em apenas um post. O aprendizado aqui, é importante, porém é apenas uma parte. Se você deseja mais leituras e conteúdos entre em contato conosco. Estaremos sempre dispostos a lhe ajudar.

Autor: Deigo Augusto Gonzaga

Eng. de Controle e Automação, Mestre e Doutor em Eng. Agrícola, leciona nas disciplinas relacionadas a essas áreas do conhecimento e realiza acompanhamento de alunos no desenvolvimento dos trabalhos e projetos.

Acreditamos que a educação é a melhor forma de transformar o Brasil em um país melhor para os brasileiros.
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