Por: Diego A. Gonzaga | Publicado em 9 de setembro de 2021
Uma boa compreensão do método de programação em linguagem Ladder, incluindo os blocos funcionais, é extremamente benéfica para os profissionais da área de automação. Nesta terceira aula abordamos as instruções básicas da construção de soluções nessa poderosa ferramenta de programação de PLCs.
As instruções básicas são a forma mais simples de se utilizar os elementos do diagrama ladder. Elas são a base da construção dos códigos e, por isso, é importante compreender as características de funcionamento de cada elemento individualmente no código. Essa compreensão é importante, pois garante ao programador a capacidade de, a partir dos conceitos básicos, elaborar soluções lógicas mais complexas por meio da composição dos elementos básicos.
Acionamento com Contato N.A.
Como dito na seção anterior os contatos N.A. são aqueles que se apresentam abertos em seu estado não comutado e, quando são comutados, se fecham. Quando inserimos um contato N.A. em um ramal de um código ladder, a lógica terá resultado verdadeiro se este contato estiver comutado, ou fechado.
O SCAN examina a entrada de dados referente ao contato e, caso este bit da tabela de dados estiver energizado (=1), a instrução é verdadeiro, ou fechado.
Utilizamos essa categoria de contato quando queremos acionar uma saída, um bloco funcional, ou ramal de um código. Por isso, essa categoria de contato pode ser entendido também como um verificador de fechado (Examine-On ou XIC), ou seja, um elemento que indica quando um contato foi comutado para fechado.
Os contatos N.F. são aqueles que se apresentam fechados em seu estado não comutado e, quando comutados, abrem o contato. Utilizamos essa categoria de contatos quando queremos desacionar uma saída ou ramal de um código. Nesse caso o SCAN examina o bit correspondente ao terminal do contato, no módulo de entrada, e, se este bit da tabela de dados estiver desenergizado (=1), a instrução é falso ou aberto.
Devido a essa característica, essa categoria de contato também pode ser compreendida como um verificador de aberto (Examine-Off ou XIO), ou seja, um elemento que indica quando um contato foi comutado para aberto. Utilizamos essa categoria de contato quando queremos desligar uma saída ou ramal de um código.
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Quando as instruções de entrada que antecedem esta instrução, em um ramal, tem como resultado verdadeiro (ou acionado), o valor no endereço de memória correspondente a este elemento comuta para verdadeiro e seu contato no módulo de saída se fecha. Podemos entender esse elemento como um dispositivo de energização da saída (OTE). Caso um caminho lógico verdadeiro não for estabelecido ou o conjunto de instruções do degrau forem falsas, a instrução energização da saída é desabilitada e o dispositivo conectado na saída é desligado.
Variáveis internas (bobinas auxiliares)
Caso a bobina acionada seja uma variável interna, ou bobina auxiliar, o efeito do acionamento deste dispositivo difere do efeito do acionamento de uma bobina de saída física. Nesse caso o espaço de memória reservado para a bobina auxiliar não tem relação com contatos físicos. Assim não será alterado o estado de nenhum contato no módulo de saída. Porém, os contatos do código relacionados a essa bobina auxiliar, serão comutados.
São utilizadas para criar caminhos de instruções paralelos para condições de entrada e saída múltiplas. Isso permite a criação de mais de uma combinação de condições de entrada, assim como, possibilita que um caminho lógico verdadeiro controle mais de uma saída. Na maioria dos modelos de CLPs, as malhas podem ser estabelecidas tanto na parte da entrada como na parte da saída do degrau, porém, alguns modelos mais simples, permitem apenas malhas de entrada.
Por: Diego A. Gonzaga | Publicado em 9 de setembro de 2021
Eng. de Controle e Automação, Mestre e Doutor em Eng. Agrícola, leciona nas disciplinas relacionadas a essas áreas do conhecimento e realiza acompanhamento de alunos no desenvolvimento dos trabalhos e projetos.